Uma das principais áreas de intervenção do projecto OCWAR–M é a capacitação das instituições financeiras em LBC/FT. Neste respeito, foi organizada uma formação para instituições financeiras não bancárias, tais como casas de câmbio e sistemas financeiros descentralizados. A formação, realizada no início de 2022, reuniu participantes dos Bancos Centrais da Guiné e da Mauritânia, das Unidades de Informação Financeira (UIF) do Senegal, Benim, Burkina Faso, Mauritânia e Guiné, e dos Inspectores do Tesouro do Senegal e da Agência Nacional de Supervisão dos sistemas financeiros descentralizados do Benim.
A supervisão do sector bancário é uma das mais avançadas da região, em comparação com a dos sistemas financeiros descentralizados, das casas de câmbio ou instituições não financeiras. Contudo, de acordo com os relatórios de avaliação mútua dos diferentes países da CEDEAO, os controlos de supervisão são mais avançados em questões prudenciais , tais como solvência ou liquidez, do que na luta ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo (LBC/FT).
Por esta razão, o projecto OCWAR–M organizou (por videoconferência) de 19 a 20 de Janeiro de 2022 a primeira fase do seminário de formação sobre supervisão da LBC/FT em instituições bancárias. A formação foi ministrada por dois peritos da Autoridade de Supervisão Prudencial e de Resolução do Banco da França, Jean-François Côtier e Vincent Vasques, e pelos peritos regionais, Martial ADJAHI, antigo banqueiro e consultor de LBC/FT, e Serge Houedanou, Secretário-Geral do CENTIF do Benim, e pelo Samuel Diop, perito em banca, finanças e encarregado da supervisão do projecto OCWAR–M.
Durante o seminário, os formadores interagiram com os participantes sobre diferentes tópicos, tais como o contexto internacional, as normas do GAFI e as leis regionais da LBC/FT, ou em relação às obrigações dos Bancos Centrais, na sua qualidade de entidades supervisionadas. Os formadores também abordaram a questão das avaliações mútuas, explicando as expectativas do GAFI e do GIABA. Finalmente, eles voltaram a abordar o controlo por parte dos supervisores, quer seja um controlo baseado em documentos ou um controlo presencial.
Ao longo da formação, os participantes puderam pôr na pratica os conhecimentos adquiridos através de casos práticos propostos pelos formadores.
Os intercâmbios com os participantes destacaram o papel dos supervisores no quadro das avaliações mútuas e o impacto destas últimas, em particular sobre os actores económicos e financeiros dos vários países.
A Fase 2 do programa terá lugar em Dakar no próximo mês de Março. Esta segunda fase será uma oportunidade para completar certos módulos, para aprofundar certos conceitos e, acima de tudo, para trabalhar em numerosos casos práticos.