NA PRIMEIRA PÁGINA: INVERSTIGAÇÃO DE CRIMES FINANCEIROS, CRIPTOMOEDAS E A DARKWEB – TRÊS SESSÕES DE FORMAÇÃO COM OCWAR-C E GLACY+

Em 1 de fevereiro, o OCWAR-M concluiu o seu terceiro curso de formação sobre investigações financeiras, criptomoedas e a DarkWeb. Estas sessões, realizadas conjuntamente com os projectos OCWAR-C e GLACY+, tiveram lugar na Ecole Nationale à vocation régionale de Cybersécurité du Sénégal (ENVR) (Escola Nacional de Cibersegurança Regional do Senegal). 

O aparente anonimato que conferem leva muitos criminosos a cometer os seus delitos utilizando a DarkWeb e as criptomoedas; as actividades ilícitas prosperam assim na primeira, onde a maioria das transações é realizada com a segunda. As criptomoedas são também populares entre os criminosos devido à sua fiabilidade e à irreversibilidade das transações. Para combater eficazmente a criminalidade financeira e cibercriminalidade, é agora essencial ter uma boa compreensão destas questões.

Os parceiros do OCWAR-M e OCWAR-C, conscientes desta necessidade, tinham assim manifestado a sua vontade de se formar neste domínio, o que levou estes projectos a desenvolver, em parceria com o GLACY+, um curso de formação com um objectivo simples: permitir aos investigadores “acompanhar o dinheiro” das transações efectuadas por criminosos em criptomoedas, nomeadamente no DarkWeb. 

Cerca de sessenta investigadores e analistas das unidades de informação financeira (UIF), agentes da polícia judiciária e procuradores dos Estados membros da CEDEAO de língua francesa e inglesa participaram em sessões dirigidas por cinco peritos formadores: Goran Jankoski, Mick Jameison e Robert Golobinek para os participantes de língua inglesa, Olivier Beaudet-Labrecque e Aurélien Vuilleumier para os participantes de língua francesa.

 

 

O curso de formação de três dias consistiu em três partes interligadas, todas elas pontuadas por exercícios práticos utilizando equipamento fornecido pelo ENVR. Em primeiro lugar, os formadores e participantes abordaram a questão da investigação financeira, sublinhando a importância da cooperação entre investigadores de cibercriminalidade, especialistas em investigação financeira e as UIF, que é essencial para a localização online dos fluxos financeiros ilícitos. 

A segunda parte tratava das criptomoedas, e apresentava o funcionamento da blockchain (cadeia de bloqueio) e destas moedas virtuais, para que os participantes tivessem os elementos-chave necessários para cooperar com os especialistas nestas matérias no âmbito das investigações financeiras. Após esta revisão teórica, os participantes trabalharam em técnicas de investigação de transações de criptomoedas, visitando os exploradores da blockchain para praticar o seguimento e análise de tais transações. 

Foram também apresentadas as boas práticas na apreensão de criptomoedas, pois, para garantir que o crime não pague, estas devem ser apreendidas da mesma forma que qualquer outro ativo patrimonial. 

Finalmente, a terceira parte do curso tratou da utilização da DarkWeb pelos criminosos: após lembretes teóricos sobre a sua natureza e funcionamento, os participantes realizaram um trabalho prático nos quais exploraram a DarkWeb a fim de melhor compreenderem o seu conteúdo e de praticarem a transformação dos dados encontrados em informações que permitem realizar investigações financeiras. 

A formação foi encerrada pela União Europeia, a CEDEAO, o ENVR e pelas equipas de projecto OCWAR-M e OCWAR-C. Parabéns a todos os participantes!

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